quinta-feira, 29 de julho de 2010

"Enquanto os homens exercem seus podres poderes"

Há algumas horas fiquei sabendo pela internet que um de nossos ex-presidentes ameaçou uma jornalista da revista VEJA por causa de uma nota sobre o pedido de impugnação de sua candidatura.
Pensando sobre o assunto me perguntei como esse SER pode estar se candidatando novamente, como ele teve a coragem de voltar à cena política, e pior como ainda depois de sermos descaradamente roubados e humilhados, depois dos caras pintadas, depois de um impeachment, nós, o povo, deixamos este homem ressurgi, votamos, apoiamos e ajoelhamos aos seus pés para que ele interceda por nós?
O quão ingênua fui eu em não perceber que tais respostas eu já as tinha.
Há aproximadamente dois anos atrás fui em uma viagem conhecer as praias de Alagoas. Atravessando o estado de carro pude perceber a magnitude da pobreza que assola grande parte daquela região, uma situação de fazer chorar. E conversando com alguns alagoanos cheguei a me espantar com a grandeza e o nível de influência que a família Collor de Melo possui naquele lugar.
Não pude deixar de questionar alguns moradores da capital pela escolha ao senado, e ouvi em resposta as diversas medidas paliativas e assistencialistas promovidas pelo agora candidato a governador do estado. Ouvi também que em certas regiões falar mal do senador era o mesmo que desrespeitar um ente da família.
Mas não preciso ir tão longe no tempo e no espaço para encarar a realidade que nos cerca. E "enquanto os homens exercem seus podres poderes" nós deixamos ou invalidamos os nossos poderes, pois votamos naquele que aparenta ser mais vantajoso instantaneamente e muitas vezes votamos já com a certeza da decepção.
Não quero me contentar com migalhas, não quero ouvir dos mais velhos que isso que temos hoje é melhor que o que eles tinham antes, não quero ser um analfabeto político e dizer que tudo isso é normal , que todos eles são iguais e que assim já está muito bom.

http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/07/29/imprensa37198.shtml">

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Borboletas no estômago

Quero alguém que me beije o pescoço, me mordisque a bochecha e me faça sorrir.
Quero que esse alguém me abrace bem forte e faça sentir-me sua.
Quero que me olhe com seus olhos (ah, que olhos!), com aqueles olhos e me guarde em teus braços me dizendo que sou unica.
Quero mais uma vez aquele amor que não vivi e dessa vez fazer como da outra não fiz.
E enquanto as borboletas não apavoram-se em meu estômago outra vez, sigo envolta em mãos e braços, beijos e abraços com carinhos sem laços.
Não sei se posso, quero ou devo fugir de mim mesma, correr do que penso para depois me encontrar no caminho.
Ai que vontade de voltar a sonhar e pensar em voar sem medo de qualquer engano, falar besteira, agir com ternura, sem o gosto amargo que por volta ressurge.
Seria bom receber uma massagem ou um telefonema quarta-feira a tarde.